A atuação como Perito Criminal no Brasil exige um profundo conhecimento técnico e científico em áreas específicas, consolidando-se como uma carreira fundamental para a administração da justiça. A questão central, "que faculdade tem que fazer para ser perito criminal", é crucial para aspirantes à profissão. Este artigo busca elucidar os caminhos acadêmicos necessários, a relevância do conhecimento especializado e as perspectivas dentro deste campo, abordando a questão sob uma ótica teórica e prática.
QUE FACULDADE FAZER PARA SER PERITO CRIMINAL
A Base da Formação
Diferentemente de carreiras que aceitam formações amplas, a perícia criminal exige um diploma de nível superior em áreas específicas. Não existe um curso de graduação denominado "Perito Criminal". Em vez disso, a exigência recai sobre formações como Medicina, Química, Biologia, Engenharia (diversas especialidades), Farmácia, Física, Ciência da Computação, Contabilidade, entre outras. A escolha da graduação dependerá da área de atuação desejada dentro da perícia. Por exemplo, para perícias relacionadas a crimes contra a vida, a formação em Medicina é fundamental, enquanto para análises de substâncias entorpecentes, a formação em Química ou Farmácia é imprescindível.
A Importância do Concurso Público e seus Requisitos
O ingresso na carreira de Perito Criminal ocorre, invariavelmente, por meio de concurso público. Os editais dos concursos especificam os requisitos de formação, que são rigorosos e detalhados. Além do diploma de nível superior na área requisitada, muitos concursos exigem carteira de habilitação (CNH) e comprovante de registro no respectivo conselho de classe (CRM, CREA, CRF, etc.), dependendo da área de atuação. A aprovação no concurso público é apenas o primeiro passo, sendo seguida por cursos de formação e treinamento específicos, que preparam o profissional para o exercício da função.
Especialização e a Busca por Conhecimento Contínuo
Após a aprovação no concurso, a formação acadêmica não cessa. A perícia criminal é uma área em constante evolução, impulsionada por avanços científicos e tecnológicos. Peritos criminais devem buscar continuamente aprimoramento por meio de cursos de especialização, pós-graduação (lato e stricto sensu), participação em congressos e seminários, e leitura de artigos científicos. A especialização em áreas como Genética Forense, Balística, Informática Forense e Toxicologia Forense aumenta a capacidade do perito de atuar em casos complexos e de fornecer laudos precisos e confiáveis.
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A Atuação Multidisciplinar e o Impacto na Justiça
A perícia criminal é, por natureza, multidisciplinar. Um caso complexo pode exigir a atuação de peritos de diferentes áreas, que trabalharão em conjunto para elucidar os fatos. A atuação do Perito Criminal tem um impacto direto na administração da justiça, pois seus laudos e pareceres são utilizados por juízes, promotores e advogados para fundamentar decisões e estratégias. A precisão, a imparcialidade e a solidez técnica dos laudos periciais são cruciais para garantir a justiça e a segurança jurídica.
A experiência profissional prévia, embora não seja um requisito obrigatório na maioria dos concursos, pode ser um diferencial, principalmente se for relevante para a área de atuação desejada. Em alguns concursos, a experiência pode ser pontuada na fase de análise de títulos, o que pode aumentar a classificação do candidato. Além disso, a experiência prévia pode facilitar o aprendizado durante o curso de formação.
A possibilidade de atuar como Perito Criminal com um diploma de tecnólogo depende dos requisitos específicos de cada concurso público. Alguns concursos podem aceitar tecnólogos em áreas como Análise e Desenvolvimento de Sistemas ou Gestão Ambiental, desde que o curso seja reconhecido pelo MEC e atenda às demais exigências do edital. É fundamental verificar o edital do concurso desejado para confirmar a aceitação de diplomas de tecnólogo.
A demanda por profissionais na perícia criminal varia de acordo com as necessidades de cada estado e da Polícia Federal. No entanto, algumas áreas costumam apresentar maior demanda, como: Informática Forense, devido ao aumento de crimes cibernéticos; Genética Forense, em virtude da importância da análise de DNA em investigações criminais; e Engenharia Forense, em função da necessidade de perícias em acidentes e desabamentos.
Além do conhecimento técnico e científico específico da sua área de formação, um Perito Criminal deve possuir habilidades como: raciocínio lógico, capacidade de análise crítica, atenção aos detalhes, organização, comunicação clara e objetiva (tanto oral quanto escrita), imparcialidade, ética profissional e capacidade de trabalhar em equipe. A capacidade de lidar com situações de pressão e de tomar decisões rápidas também é fundamental.
Em geral, não existe uma idade máxima para ingressar na carreira de Perito Criminal. Os requisitos de idade costumam estabelecer apenas uma idade mínima (geralmente 18 anos), para que o candidato possua capacidade civil plena. No entanto, é importante verificar o edital de cada concurso, pois pode haver alguma restrição específica em relação à idade, embora seja menos comum.
Manter-se atualizado é crucial para a atuação eficaz como Perito Criminal. Isso pode ser alcançado por meio da participação em cursos de especialização, workshops e congressos, leitura de publicações científicas e técnicas, interação com outros profissionais da área (networking), e acompanhamento das novidades tecnológicas relevantes para a sua área de atuação. A participação em programas de treinamento oferecidos pela própria instituição (Polícia Científica ou Polícia Federal) também é fundamental.
Em suma, a resposta à pergunta "que faculdade tem que fazer para ser perito criminal" reside na escolha de uma graduação superior relevante para a área de atuação desejada, seguida de aprovação em concurso público e a busca contínua por especialização e aprimoramento. A perícia criminal desempenha um papel fundamental na administração da justiça, exigindo profissionais altamente qualificados e comprometidos com a busca pela verdade e pela aplicação da lei. Aprofundar-se em áreas específicas da perícia, como análise de evidências digitais, toxicologia forense e balística, oferece perspectivas promissoras para futuros estudos e aplicações práticas no campo da investigação criminal.